Ao todo, 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na sede da prefeitura, na casa de servidora suspeita de direcionar licitações e em empresas. Prefeito diz que suspeitas são referentes à antiga gestão.
A Polícia Civil cumpriu 15 mandados de busca e apreensão, nesta quinta-feira (30), em uma operação que investiga a suspeita de fraude em licitações em Xangri-Lá, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Segundo a polícia, uma servidora do município direcionava contratos para duas empresas que forneciam banheiros químicos e faziam a coleta de água de quiosques no município.
O prefeito de Xangri-Lá, Celso Barbosa, afirma que os problemas investigados são relacionados à antiga gestão do município. O prefeito ainda diz que a servidora, que ocupava cargo comissionado no governo anterior, foi exonerada no fim do mandato do outro prefeito.
Os mandados foram cumpridos na sede da prefeitura, na casa da servidora, que não teve o nome divulgado pela polícia, nas empresas investigadas e nas casas dos empresários. As cidades onde houve ações de busca de provas são, além de Xangri-Lá, Canoas, Caxias do Sul, Arroio do Meio, Balneário Pinhal, Tramandaí e Campos Novos (SC).
Agentes da Polícia Civil na sede da Prefeitura de Xangri-Lá
Investigação
O delegado Max Otto Ritter, da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção, afirma que empresários burlavam licitações em conluio com a servidora. Foram identificadas ao menos duas licitações, a da locação de banheiros químicos e a da coleta de água servida de quiosques.
A um empresário, a servidora teria solicitado por WhatsApp orçamentos para a locação de banheiros químicos. O contato, de acordo com a investigação, foi feito sem seguir as formalidades de um edital público.
Esse empresário tinha os orçamentos de outras empresas do ramo e não teria participado da licitação dos banheiros. No entanto, a polícia suspeita que, por isso, ele seria beneficiado na contratação do serviço de coleta de água.