China denuncia ‘protecionismo’ dos EUA sobre chips eletrônicos

Chefe da diplomacia chinesa criticou restrições do governo norte-americano a semicondutores fabricados no país asiático.

O chefe da diplomacia da China, Wang Yi, criticou neste sábado (18) as restrições dos Estados Unidos às exportações de semicondutores fabricados por empresas chinesas, que ele chamou de uma demonstração de “100% de protecionismo”.

Estas restrições são “100% egoístas, 100% unilaterais” e representam uma “grave violação do princípio do livre comércio”, afirmou Wang Yi durante a Conferência de Segurança de Munique, criticando uma posição “longe da livre concorrência”.

Essas restrições testemunham “uma percepção equivocada da China” pelos Estados Unidos, segundo o diplomata.

“Com essa percepção, os Estados Unidos usam todos os seus recursos para reprimir e difamar a China e encorajam outros países a fazerem o mesmo”, afirmou.

“Não temos medo da competição, mas queremos uma competição justa, baseada em regras. Os Estados Unidos não”, disse Wang Yi.

Em outubro, os Estados Unidos, em nome da “segurança nacional”, anunciaram novos controles de exportação, para limitar a capacidade de Pequim de comprar e fabricar chips de última geração “usados para fins militares“.

Washington procurou impedir Pequim de desenvolver sua própria indústria de semicondutores.

Na semana passada, durante discurso sobre o Estado da União no Congresso norte-americano, o presidente dos EUA, Joe Biden, também defendeu a produção nacional de chips.

Os Estados Unidos acusam regularmente a China de espionagem industrial e de representar uma ameaça à sua segurança nacional.

A China anunciou em dezembro que abriu um processo na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os Estados Unidos por causa dessas restrições.

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