O Rio Grande do Sul enfrenta uma tragédia decorrente dos temporais que assolam o estado desde segunda-feira (29), com o número de vítimas fatais agora alcançando 13, de acordo com o último balanço divulgado pela Defesa Civil nesta quinta-feira (2). As últimas três mortes confirmadas ocorreram em Santa Maria (duas pessoas) e São João do Polesine, todas na Região Central do RS.
Além disso, há ainda 21 pessoas desaparecidas e um total de 134 cidades registraram transtornos, incluindo inundações, deslizamentos de terra e quedas de barreiras. As regiões mais afetadas são as Central, dos Vales, Serra e Metropolitana de Porto Alegre.
O balanço indica que aproximadamente 44,6 mil pessoas foram afetadas pelos efeitos adversos do clima, com 8,3 mil delas desabrigadas. Destas, 3.079 estão em abrigos e 5.257 foram desalojadas, buscando refúgio em casas de familiares ou amigos.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho para parte do RS até às 15h desta quinta-feira, prevendo chuvas intensas, queda de granizo, ventos fortes e raios.
O governador Eduardo Leite descreveu o temporal como “o maior desastre do estado”, comparando-o às tragédias de 2023. Ele reconheceu as dificuldades em resgatar todas as pessoas afetadas, dadas as condições climáticas desafiadoras e a dispersão dos danos.
Em resposta à situação, o RS decretou estado de calamidade pública devido aos “eventos climáticos de chuvas intensas”, conforme publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado na quarta-feira.
Nesta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva programou uma visita ao Rio Grande do Sul. A agenda inclui uma reunião com o governador, o prefeito de Santa Maria e outras autoridades locais, embora o sobrevoo às áreas afetadas tenha sido cancelado devido às condições climáticas adversas. Lula e a comitiva do governo federal devem desembarcar na base aérea de Santa Maria por volta das 10h.