Mudanças restritas ao Ministério da Justiça evidenciam preocupação com paralisação e disputas na base aliada.
O presidente Lula, que anteriormente cogitava uma reforma ministerial para o início de 2024, parece ter desistido da ideia, priorizando agendas mais urgentes no cenário político brasileiro. A avaliação é de que uma reforma neste momento poderia resultar em paralisações e desencadear conflitos na base aliada, algo considerado improdutivo neste momento.
A possível mudança na equipe do governo, agora, aponta para uma restrita alteração no Ministério da Justiça, com a possível entrada de Ricardo Lewandowski, ou eventuais substituições decorrentes da saída de ministros para disputas eleitorais municipais. A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, é a única que, até o momento, cogita uma candidatura.
Embora especulações anteriores apontassem para trocas em ministérios como Desenvolvimento Social, Agricultura, Saúde e Casa Civil, assessores próximos a Lula indicam que o presidente nunca garantiu formalmente a realização de uma reforma ministerial. A intenção seria equilibrar as forças na base aliada, mas o receio de disputas internas fez Lula reconsiderar a estratégia.
Segundo um assessor direto, embora uma reforma abrangente esteja descartada no momento, o presidente poderá fazer trocas pontuais ao longo do ano caso avalie que determinado ministério não está correspondendo às expectativas. A intenção, no entanto, é evitar confrontos que poderiam surgir em uma disputa por mais espaços na base aliada.