LA escolha do candidato à Presidência foi marcada por ataques hacker e disputa acirrada no ninho tucano
O governador de São Paulo, João Doria, venceu, neste sábado (27/11), as prévias tucanas e deve ser o nome do partido para disputar a eleição presidencial em 2022.
A eleição foi marcada pelo tumulto devido à suspensão da votação que teve início no último domingo (21/11) e por uma disputa acirrada entre Doria e Leite, que contou com episódios de acusações mútuas.
Para retomar as prévias, o PSDB precisou contratar um novo sistema para substituir o aplicativo usado no início desta semana, que se apresentou vulnerável a ataques externos. Na ocasião, as prévias tiveram que ser suspensas por causa de uma pane no app contratado pelo partido para registrar os votos dos filiados.
Neste sábado, de acordo com o presidente do PSDB, Bruno Araújo, o novo sistema também foi alvo de mais de 26 mil tentativas de invasão, mas resistiu. Cerca de 40 mil filiados que não conseguiram votar no domingo passado registraram sua opção para a Presidência em 2022.
Disputaram a vaga de candidato os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, além do ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio.
Desafios – O primeiro desafio de Doria será unir a sigla após a disputa conturbada nas prévias, que teve até acusações de compra de votos.
Além disso, o candidato tucano terá que trabalhar para consolidar-se no campo da chamada terceira via, que tem o objetivo de conquistar votos dos eleitores que não querem Bolsonaro nem Lula.
Outro obstáculo pelo caminho será arrumar o leque de alianças para o ano que vem. Isso dependerá de muitas conversas com outras legendas que também já lançaram seus nomes ou que devem anunciar candidaturas nos próximos dias. É o caso do Podemos, que apresenta o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro e o MDB, que tem como nome a senadora Simone Tebet (MS). (Do Metrópoles)