Valmir Venâncio da Silva tem antecedentes por estupro, violação sexual mediante fraude e outros crimes, de acordo com a polícia.
Silva seguia atuando normalmente na rede de saúde até a divulgação do edital de interdição cautelar do exercício profissional no dia 22 de dezembro
Um médico de 39 anos foi preso em Canoas, no Rio Grande do Sul, na quinta-feira (12). Valmir Venâncio da Silva tem antecedentes por estupro, violação sexual mediante fraude e outros crimes, de acordo com a polícia.
A prisão acontece após investigação de crime praticado em Nova Hertz, durante atendimento médico ginecológico na rede pública de saúde. A vítima relatou à polícia que o médico apresentou uma conduta libidinosa e abusiva durante a consulta.
“Após verificarmos que o relato da vítima era fidedigno, mormente em razão dos antecedentes do acusado, que vinha cumprindo pena em regime aberto por condenação relativa a fato semelhante, representamos pela decretação de prisão preventiva, que restou deferida na data de ontem. Após algumas diligências, o médico foi localizado e preso em Canoas”, afirma o delegado Felipe Borba.
As investigações apuraram que o médico também havia sido alvo de denúncias por crimes semelhantes nas cidades de Caxias do Sul, São Leopoldo e Sapucaia do Sul, além de Nova Hartz.
Silva seguia atuando normalmente na rede de saúde até a divulgação do edital de interdição cautelar do exercício profissional no dia 22 de dezembro, por decisão do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers).
“Segundo o Cremers, a condenação anterior não foi notificada à autarquia federal, o que inviabilizou que se procedesse ao respectivo processamento no âmbito ético-profissional”, explicou o delegado. “Esperamos que a prisão de hoje concorra para a cassação definitiva do registro médico deste indivíduo”, ressaltou o delegado.
Em nota, o Cremers afirmou que diante do novo caso que veio à tona na mídia, de que o médico continuava exercendo a profissão sem autorização, conselho encaminhou uma denúncia de Exercício Ilegal da Medicina à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal.
De acordo com a polícia, novos relatos de vítimas devem surgir a partir da prisão do médico. Após as formalidades legais, o preso foi conduzido para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Novo Hamburgo, para posterior ingresso no sistema prisional.