O trágico acidente envolvendo o empresário Fernando Sastre de Filho, que resultou na morte do motorista Ornaldo da Silva Viana, trouxe à tona uma série de revelações sobre o caso. Aos 24 anos, Fernando enfrenta agora um complexo processo judicial após o fatídico episódio que culminou na perda de uma vida.
Nascido em uma família de empresários renomados no mercado imobiliário e de materiais de construção civil, Fernando descreveu à polícia sua posição como gerente na empresa do pai, onde recebe um salário mensal de R$ 15 mil. Contudo, é o luxuoso Porsche 911 Carrera GTS, registrado em nome da empresa familiar, que se tornou peça-chave nessa trágica história.
No centro do acidente, ocorrido em alta velocidade no Tatuapé, zona leste de São Paulo, está não apenas o impacto físico da colisão, mas também uma teia complexa de relações empresariais e familiares. O empresário admitiu estar “amargamente arrependido”, afirmando ter dirigido o veículo acima do limite de velocidade, embora negue o consumo de álcool.
A versão de Fernando, no entanto, é contestada por testemunhas oculares que relataram sinais de embriaguez e a falta de prestação de socorro às vítimas. A presença de uma suposta namorada do empresário no local do acidente, juntamente com a ação da mãe de Fernando em tentar obstruir exames toxicológicos, adiciona camadas adicionais de complexidade a essa trama já intrincada.
A busca por justiça agora se desdobra não apenas no âmbito criminal, mas também nas esferas familiares e empresariais envolvidas. Enquanto a investigação avança, o caso lança luz sobre questões mais amplas, como responsabilidade, privilégio e o papel das relações pessoais e influências no sistema judicial.
À medida que o processo se desenrola, a comunidade aguarda respostas e medidas adequadas para assegurar que a justiça seja feita e que tragédias como essa possam ser prevenidas no futuro. Enquanto isso, a memória de Ornaldo da Silva Viana permanece como um lembrete doloroso das consequências devastadoras da irresponsabilidade ao volante e da falta de empatia diante do sofrimento alheio.