Terceiro pedido de prisão contra Fernando Sastre de Andrade Filho é negado

O Tribunal de Justiça de São Paulo negou pela terceira vez, nesta terça-feira (30/4), um pedido de prisão preventiva contra Fernando Sastre de Andrade Filho, empresário de 24 anos, acusado de causar um acidente fatal ao conduzir seu Porsche em alta velocidade na zona leste de São Paulo em 31 de março. A denúncia foi feita pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) na segunda-feira anterior, que o acusou de homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, recomendando sua prisão preventiva.

O juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri, embora tenha negado o pedido de prisão, decidiu tornar Fernando réu pelos crimes citados. Anteriormente, outros dois pedidos de prisão já haviam sido recusados pela Justiça, que impôs ao réu uma fiança de R$ 500 mil, suspendeu sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e proibiu seu contato com testemunhas do caso.

Além de Fernando, sua mãe, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, de 45 anos, que ajudou a retirá-lo do local do acidente, também foi obrigada a entregar seu celular à polícia. No dia do trágico evento, câmeras de segurança flagraram Fernando dirigindo o Porsche, avaliado em mais de R$ 1 milhão, a uma velocidade de 156 km/h, conforme laudo do Instituto de Criminalística. Após se apresentar à polícia mais de 36 horas depois do ocorrido, ele admitiu ter ultrapassado o limite de velocidade, que é de 50 km/h.

No acidente, o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, faleceu devido aos ferimentos, enquanto Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos, que estava no Porsche, sofreu ferimentos graves e precisou de intervenção cirúrgica. Contra o depoimento de Fernando, Marcus alegou que o empresário havia consumido álcool antes de dirigir.

A promotoria, através de Monique Ratton, informou que Fernando consumiu álcool em dois locais antes de dirigir e que sua namorada e um casal de amigos tentaram dissuadi-lo de dirigir. Ainda, a promotoria acusou a namorada de Fernando de fornecer depoimento comprometido, possivelmente influenciado por ele ou seus advogados.

O caso também investiga a conduta de policiais militares que, sem utilizar bafômetro, liberaram Fernando no local do acidente para buscar atendimento médico. A promotora sugere que a Justiça Militar averigue a possibilidade de corrupção passiva por parte dos policiais envolvidos.

By Fato ou Fake Canoas

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