Allan Barros mostrava carros de luxo e viagens nas redes sociais. Ele foi preso em uma operação da Polícia Federal.
O empresário de 32 anos, inicialmente expulso de uma padaria em Barueri, São Paulo, por utilizar seu notebook, acabou sendo detido em uma operação da Polícia Federal, revelando uma vida de ostentação nas redes sociais. Allan Barros, conhecido por suas postagens frequentes exibindo carros de luxo e destinos paradisíacos ao redor do mundo, foi pego de surpresa pela ação policial, que o prendeu temporariamente em Curitiba.
Segundo Leonardo Dechatnik, advogado encarregado de sua defesa e da empresa Unimetaverso Gestão de Ativos Digitais e Marketing LTDA., o cliente e sua empresa não possuíam histórico de processos por parte de investidores, conforme declaração em nota.
As redes sociais de Allan Barros eram um desfile de glamour, com imagens capturadas em locais como as Maldivas, Londres, Paris e Abu Dhabi. Além de exibir carros de luxo, ele era frequentemente visto pilotando motos aquáticas e presenteando parceiros de negócios com relógios de alto padrão. Sua residência em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, adicionava um toque de exclusividade à sua vida.
Curiosamente, cerca de um mês antes de sua prisão, Barros foi protagonista de um incidente em uma padaria local. Em 31 de janeiro, o proprietário repreendeu-o por utilizar seu notebook no estabelecimento, resultando em uma discussão que quase culminou em agressão física. O dono, identificado como Silvio Mazzafiori, de 65 anos, tentou atacar Barros com um pedaço de madeira, mas acabou tropeçando e sendo contido por terceiros.
A ação da PF que deteve Allan Barros, intitulada Operação Fast, tinha como alvo um grupo criminoso baseado em Balneário Camboriú, Santa Catarina. O grupo era investigado por aplicar golpes no sistema financeiro por meio de criptomoedas e Tokens Não-Fungíveis (NFTs). Estima-se que cerca de 20 mil vítimas no Brasil e no exterior tenham perdido aproximadamente R$ 100 milhões devido a esses golpes.
A polícia detalhou que os golpes seguiam um padrão, com a oferta de uma criptomoeda supostamente desenvolvida pelo grupo, prometendo lucros excepcionais por meio de parcerias fictícias com empresas. Para atrair mais vítimas, o lançamento da moeda fraudulenta foi promovido em uma feira de criptoativos em Dubai.
A defesa de Allan Barros enfatizou sua cooperação com as autoridades desde o início das investigações, ressaltando que o processo corre em sigilo judicial, impedindo a divulgação de detalhes específicos. No entanto, eles reiteraram seu compromisso em esclarecer completamente os fatos.