Em depoimento, presas alegaram que ela afirmava que praticava “atos libidinosos” com o amante. Caso está sendo investigado pela Seap
Uma detenta apontou um advogado casado como o amante da professora Monique Medeiros, acusada da morte do filho, o menino Henry Borel, de 4 anos, em março do ano passado. O defensor “teria dito que iria se separar da esposa”, relatou Fernanda Silva Almeida, a Fernanda Bumbum, à direção do Instituto Penal Santo Expedito em denúncia contra o caso da prática de “atos libidinosos” no sistema penitenciário.
Até o momento, sete presas alegam ter ouvido da própria Monique sobre o relacionamento sexual no parlatório, sala de atendimento, separada por vidro e sem câmeras, do Instituto Oscar Stevenson, quando esteve presa na unidade, em Benfica, zona norte.
O início do romance, segundo Fernanda Bumbum, começou quando Monique ainda estava no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, região metropolitana. Segundo ela, durante a visita do advogado, Monique ia “sem sutiã e com shorts bem coladinhos para facilitar a exposição dos seus seios e do resto do corpo”.
A Secretaria de Administração Penitenciária abriu sindicância e encaminhou o caso à Ordem dos Advogados do Brasil para a instauração de procedimento. A previsão é de que Monique seja ouvida nesta segunda-feira (7/3).
O caso veio à tona depois que Monique relatou estar sendo ameaçada na prisão por Fernanda Bumbum em audiência no 2º Tribunal do Júri, onde é processada pela morte do filho, em fevereiro.
A discórdia da cela K
A briga na cela K começou, segundo Fernanda Bumbum, quando Monique a acusou de “roubo de medicação”. A partir daí, mais seis presas passaram para o lado de Fernanda Bumbum. Uma delas é Elaine Pereira Figueiredo Lessa, presa por tráfico internacional de armas.
Também ouvida pela Seap, Elaine é casada com o PM reformado Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco (PSol) e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
Monique e o então padrasto de Henry Borel, o médico e vereador cassado Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, foram presos em abril do ano passado acusados da morte do menino.