PGR pede informações à Abin sobre seu uso na defesa de Flávio Bolsonaro

O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou nesta terça-feira (15) que pediu à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informações sobre sua utilização pela defesa do senador Flávio Bolsonaro.

A acusação, feita em reportagem da revista Época, é de que a agência foi usada para produção de relatórios de orientação aos advogados do senador sobre como embasar um pedido de anulação do caso Queiroz

Aras afirmou que as suspeitas são graves, mas que ainda não há elementos que justifiquem uma investigação formal.

“O fato em si narrado é grave. O que nós não temos são provas desses fatos. Nós não trabalhamos com narrativas. Nós trabalhamos com fatos e provas. Por enquanto, temos fatos transmitidos pela imprensa”, disse Aras em conversa com jornalistas.

O vídeo abaixo mostra trecho da reportagem da revista “Época” sobre supostos relatórios para defender Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas.

PGR deve apurar se Abin foi usada para ajudar Flávio Bolsonaro a enterrar investigação da rachadinha
 

PGR deve apurar se Abin foi usada para ajudar Flávio Bolsonaro a enterrar investigação da rachadinha

Deputados pediram que PGR apure

O Ministério Público do Rio denunciou o senador do Republicanos e filho do presidente Jair Bolsonaro por um suposto esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio na época em que Flávio Bolsonaro era deputado estadual. Fabrício Queiroz é suspeito de ter administrado o suposto esquema.

Aras afirmou que o STF tem entendimento consolidado de que notícia de imprensa não é prova e que a PGR precisa encontrar elementos que justifiquem uma investigação formal. A PGR recebeu representação de mais de 50 deputados pedindo uma investigação sobre a eventual conduta de órgãos do governo para fins pessoal da defesa do senador.

“Na verdade, nós recebemos somente ontem as representações do deputado Marcelo Freixo mais 50 deputados. Estas representações não trazem elementos materiais, trazem apenas notícias de jornal. O que significa dizer que o Ministério Público vai ter que fazer a investigação”, disse.

“Não sabemos se é questão do órgão ou do agente do órgão que se desviou de suas atividades. É preciso apurar se a responsabilidade é do órgão ou do agente”, completou.

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