A Justiça de Mato Grosso do Sul rejeitou o pedido de liberdade de Francisco Cezário de Oliveira, presidente afastado da Federação de Futebol de MS (FFMS), preso desde o dia 21 de maio. A decisão foi tomada pelo juiz de primeira instância na última quarta-feira (29), mas divulgada apenas nesta sexta-feira (31).
Cezário foi detido no âmbito da operação Cartão Vermelho, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que o acusa de ser o chefe de um esquema que desviou pelo menos R$ 6 milhões da entidade esportiva. No dia da operação, os investigadores apreenderam R$ 800 mil em dinheiro vivo.
O advogado de Cezário, André Borges, afirmou que seu cliente nega envolvimento nos desvios e que o dinheiro apreendido seria parte de suas economias. Borges garantiu que, assim que Cezário obtiver liberdade, ele prestará os devidos esclarecimentos.
Além de Cezário, outras seis pessoas foram detidas, incluindo parentes dele que estariam envolvidos no esquema. Em resposta às investigações, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) afastou Cezário por três meses, nomeando Estevão Petrallas, ex-presidente do Operário Futebol Clube e vice-presidente da FFMS, como interventor. Antes da decisão da CBF, Cezário havia solicitado afastamento do cargo por tempo indeterminado.
As investigações contra Cezário incluem quebras de sigilos telefônicos e bancários. Integrantes da FFMS foram fotografados indo até agências bancárias, sacando dinheiro e retornando à sede da entidade, onde supostamente dividiam o montante.