Devido à baixa adesão da população-alvo, houve prorrogação da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite em alguns Estados, iniciada dia 8 de agosto. Para a médica pediatra, Dra Paula Fernanda Delai, a cobertura vacinal abaixo da meta estipulada pelas autoridades é muito preocupante, tendo em vista a gravidade da doença – também conhecida por paralisia infantil – que destrói partes do sistema nervoso e pode levar á sequelas permanentes. Entre os acometidos, 5 á 10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios.
Um dos objetivos da campanha é a conscientização da população sobre a necessidade de manter os esforços para uma cobertura vacinal adequada, que é a única forma de prevenção da Pólio. “Muita gente tem uma falsa sensação de segurança, já que o Brasil recebeu certificado de eliminação da Poliomielite em 1994 e desde então não houveram casos novos, mas corremos risco muito alto do reaparecimento de uma doença imunoprevenível, que causa impactos devastadores. É de suma importância a prevenção com as vacinas, conforme recomendação do Ministério de Saúde. Além de proporcionar segurança, visando proteção coletiva. Está havendo uma vigilância constante, um rigoroso padrão de qualidade e ampliação dos esforços de combate eficaz contra Polio no Brasil”. ressalta a médica Dra. Paula Delai.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a vacinação de crianças de 2 meses até 5 anos de idade, conforme esquema de vacinação de rotina e tomar a dose de reforço, vigente em campanha nacional anual. O esquema padrão contra a poliomielite é de três doses da vacina injetável – VIP (aos 2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente – VOP, que acontece por meio da conhecida gotinha, aos 15 meses e 4 anos de idade.
“A atualização vacinal aumenta a proteção contra as doenças imunopreveníveis, contribui para o controle e eliminação de alguns males. Isso minimiza a ocorrência de surtos e hospitalizações, pode evitar sequelas incapacitantes, tratamentos de reabilitação e óbitos. A estratégia consequente leva á redução de custos á longo prazo em Saúde Pública.” frisa a pediatra Paula Delai.