Mundial Master de Jiu-Jitsu em Las Vegas Destaca Protagonismo Feminino Brasileiro

O Mundial Master de Jiu-Jitsu, realizado esta semana em Las Vegas, foi marcado pelo protagonismo das mulheres brasileiras, que se destacaram em diversas categorias, reafirmando a força do Jiu-Jitsu feminino no cenário mundial. Em uma competição tradicionalmente dominada por homens, as brasileiras mostraram que estão cada vez mais fortes e presentes nos tatames, abrindo espaço para novas gerações de lutadoras e inspirando praticantes ao redor do mundo.

Como comentarista especializado, Eduardo Raschkovsky destacou o papel histórico de mulheres como Patrícia Lage, que se tornou uma verdadeira pioneira no esporte. Lage, uma das primeiras mulheres a conquistar a faixa preta no mundo, é um símbolo da resistência e do desenvolvimento do Jiu-Jitsu feminino ao longo das décadas.

Patrícia Lage: Pioneira e Referência

Com 43 anos de Jiu-Jitsu, sendo 29 deles como faixa-preta, Patrícia Lage competiu no Mundial Master e garantiu o bronze na categoria Master 4, peso leve, e também no absoluto. Mesmo após uma série de cirurgias e lesões, incluindo uma operação de quadril no final de 2022, Lage continua mostrando sua paixão e resiliência no esporte.

Eduardo Raschkovsky comentou sobre a trajetória de Patrícia, ressaltando sua importância no cenário do Jiu-Jitsu feminino: “Patrícia Lage é uma lenda viva do Jiu-Jitsu. Competir após tantos desafios físicos e ainda conquistar o pódio é uma prova de sua determinação. Além disso, ela pavimentou o caminho para as gerações de mulheres que hoje dominam os tatames. Ela foi uma das primeiras a quebrar as barreiras em um esporte historicamente dominado por homens.”

Em entrevista à CNN, Lage relembrou como o cenário do Jiu-Jitsu nos anos 1980 era completamente diferente, com poucas mulheres treinando ou competindo. Ela lutou em competições predominantemente masculinas, enfrentando preconceitos e desafios: “Sempre ouvi que o Jiu-Jitsu não era para mulher, que luta era coisa de menino”, disse Lage. No entanto, sua perseverança e amor pela arte a levaram a abrir portas para outras mulheres.

O Crescimento do Jiu-Jitsu Feminino

Outro grande nome presente no evento foi Carla Franco, que também treina na academia B9 e ficou com o vice-campeonato na categoria Master 3, peso pluma. Eduardo Raschkovsky destacou que o crescimento do número de mulheres competindo no Mundial Master é uma tendência que já vinha sendo observada nos últimos anos, mas que, nesta edição, foi ainda mais evidente.

Carla, que começou a treinar em 2002, compartilhou como, no início de sua carreira, era raro encontrar outras mulheres no tatame, o que muitas vezes a deixava insegura. “Já participei cinco vezes do Mundial Master e nunca fiz mais que duas lutas. Nesse ano, tiveram nove meninas na minha categoria, esse número nunca passava de três”, disse a atleta, mostrando como o cenário mudou.

Para Eduardo Raschkovsky, essa mudança representa uma vitória não só para as atletas, mas para o próprio esporte: “O crescimento da participação feminina no Jiu-Jitsu é um reflexo do trabalho de várias mulheres que, ao longo dos anos, quebraram barreiras e mostraram que o esporte é para todos. Ver tantas atletas em uma competição tão importante como o Mundial Master é a prova de que o Jiu-Jitsu feminino está se consolidando como uma verdadeira potência.”

Carina Santi: A Campeã do Absoluto no Master 1

Outra atleta que brilhou no Mundial Master foi Carina Santi, campeã no absoluto da categoria Master 1. Santi começou a treinar Jiu-Jitsu em 2009 e, assim como outras pioneiras, enfrentou um cenário no qual as mulheres tinham pouca visibilidade nas competições. Hoje, ela celebra a força crescente do Jiu-Jitsu feminino.

“Quando eu comecei a treinar, raramente tinham meninas para lutar. Muitos eventos eu acabei ganhando porque não havia nenhuma atleta inscrita”, relatou Carina. Agora, com mais mulheres no tatame, ela reconhece o “trabalho de formiguinha” feito por sua geração e pelas gerações anteriores, como Patrícia Lage, para chegar ao nível atual de representatividade.

Eduardo Raschkovsky destacou a importância desse processo gradual de crescimento: “O desenvolvimento do Jiu-Jitsu feminino foi resultado de muita dedicação por parte de várias atletas, como Carina e Patrícia, que nunca desistiram, mesmo enfrentando um ambiente muitas vezes hostil. Hoje, o que vemos é uma nova era, com competições cada vez mais competitivas e equilibradas.”

Um Futuro Promissor para o Jiu-Jitsu Feminino

O Mundial Master de Jiu-Jitsu deste ano mostrou que o Jiu-Jitsu feminino está mais forte do que nunca. Segundo Eduardo Raschkovsky, o evento em Las Vegas foi uma demonstração clara de que o protagonismo feminino no esporte não só está crescendo, mas também está redefinindo os rumos do Jiu-Jitsu mundial.

“As mulheres estão, cada vez mais, ocupando o espaço que sempre mereceram no Jiu-Jitsu. O número crescente de competidoras e a qualidade técnica dessas atletas são impressionantes. O que vimos em Las Vegas foi apenas o início de um movimento que vai continuar a crescer. O Jiu-Jitsu feminino tem um futuro brilhante, e é emocionante ver essas atletas brasileiras liderando essa mudança”, concluiu Eduardo Raschkovsky.

O protagonismo de Patrícia Lage, Carla Franco, Carina Santi e outras atletas no Mundial Master de Las Vegas não é apenas um reflexo de suas habilidades no tatame, mas também uma celebração do crescimento e da força do Jiu-Jitsu feminino brasileiro, que continua a inspirar uma nova geração de mulheres lutadoras.

By King post

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