Justiça adia julgamento de motorista acusado de estuprar e matar adolescente em Catuípe


Tribunal de Júri, que ocorreria em 18 de novembro, fica suspenso por 120 dias. Juíza acatou o pedido da defesa de que o advogado é integrante do grupo de risco para o coronavírus. Maria Eduarda Zambom tinha 15 anos.
Reprodução
O Tribunal do Júri do motorista de transporte escolar acusado estuprar e matar a adolescente Maria Eduarda Zambom, de 15 anos, em Catuípe, no Noroeste do estado, foi adiado por 120 dias. O julgamento havia sido marcado para 18 de novembro.
A juíza Rosmeri Oesterreich Krüger acatou o pedido do advogado do acusado, sob alegação de que o defensor pertence ao grupo de risco para o coronavírus. Segundo ela, “o próprio réu concorda com o adiamento de seu próprio julgamento”.
“Este Juízo (…) não pode dispensar as regras sanitárias de segurança para evitar o contágio pelo novo coronavírus, não podendo realizar o julgamento nos moldes antes adotados, com a presença de público, e sem uso de máscaras”, pontua a juíza na decisão.
O réu, de 53 anos, foi denunciado pelo Ministério Público por estupro, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. De acordo com o MP, Maria Eduarda foi estuprada em um matagal na zona rural de Catuípe. Depois, foi morta por asfixia mecânica devido a esganadura e deixado no local, sendo encontrada somente no dia seguinte.
Moradores participaram do protesto pela morte de Maria Eduarda em Catuípe
Leandro Benetti/Rádio Águas Claras Catuípe
Relembre o caso
Maria Eduarda foi considerada desaparecida depois de embarcar no carro do acusado, que deveria buscá-la na manhã de 29 de março de 2019. No dia seguinte, o corpo da adolescente foi encontrado com sinais de asfixia.
O homem foi hospitalizado com ferimentos no pescoço e no peito, em Ijuí. Depois, ainda foi encaminhado para Porto Alegre.
Em 24 de abril, ele teve alta e foi preso, sendo levado à Penitenciária Modulada de Ijuí. Em depoimento, negou o crime e apresentou duas versões.
Na primeira, disse que um motociclista armado com uma pistola o perseguiu, cortou a frente do veículo e o obrigou a asfixiar a vítima. Depois, o suposto motociclista teria cortado, com uma faca, o pescoço dele. O delegado contestou a versão.
Após ser questionado pela polícia, ele mudou a versão, afirmando que Maria Eduarda morreu por overdose. Disse que a menina o forçou a entrar com ela no mato, para que ela consumisse drogas, ameaçando inventar fatos sobre ele, caso não obedecesse.
No entanto, o laudo da perícia apontou, além da morte por asfixia, que o réu manteve relações sexuais com a vítima sem consentimento.
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By Tarcila Lisboa

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