O ex-jogador Marcelo Silva está sendo investigado como facilitador de um golpe milionário que desviava dinheiro do FGTS de jogadores de futebol para contas não reconhecidas por eles e, posteriormente, transferia o dinheiro para membros de uma suposta quadrilha. Silva é apontado como facilitador na primeira fase do golpe.
Atualmente, Marcelo é empresário de atletas, mas já teve uma carreira ativa no futebol durante as décadas de 1990 e 2000. Ele começou sua trajetória no Juventus, de São Paulo, e passou por diversos clubes ao longo dos anos, incluindo Santos, Bahia, Atlético-MG, Vitória, Goiás, Athletico-PR, Náutico e Bragantino.
Marcelo teve uma passagem marcante pelo Santos, onde jogou de 1999 a 2002. Durante seu período na Vila Belmiro, ele atuou ao lado de jovens talentos como Diego, Robinho e Elano. No entanto, ao contrário desse trio, Marcelo não participou da campanha vitoriosa do Campeonato Brasileiro de 2002, em que o Santos derrotou o Corinthians para conquistar o título.
Após deixar o Santos, Marcelo seguiu sua carreira internacional, transferindo-se para o Spartak Moscou, da Rússia. Agora, fora dos gramados, ele aplica sua experiência no esporte como empresário, auxiliando novos talentos a desenvolverem suas carreiras.
O Golpe do FGTS
Desde 2014, uma quadrilha tem desviado valores milionários de contas de FGTS de jogadores de futebol no Brasil, segundo a investigação da Polícia Federal. Inicialmente, o foco estava em atletas brasileiros, e é nesse contexto que Marcelo Silva está sendo investigado como facilitador da fraude. Entre os jogadores prejudicados estão Ramires, Maikon Leite e Elano.
Com o tempo, a quadrilha expandiu suas atividades para incluir jogadores estrangeiros. O ex-jogador Guerrero, que atuou por Corinthians, Flamengo e Internacional, teve R$ 2,3 milhões desviados para uma conta aberta ilegalmente em seu nome. Outros atletas afetados incluem Cueva e João Rojas, ambos ex-São Paulo.
A operação da quadrilha segue um padrão específico: primeiro, eles identificam atletas recém-desligados de clubes. Em seguida, usando assinaturas e documentos falsificados, acessam o fundo do FGTS na Caixa Econômica Federal e abrem contas em outros bancos. Por fim, transferem o dinheiro desviado para contas de laranjas.
No caso de Guerrero, o dinheiro foi transferido para cinco pessoas, incluindo Gustavo Gonçalves de Barros, que recebeu R$ 402.700. Barros é sócio da empresa F.G.L Marketing & Sport, junto com Fernando Costa de Almeida, um empresário do futebol que contratou um escritório para cuidar da situação previdenciária de atletas e gerenciar transferências.
A Polícia Federal continua a investigar o caso, buscando mais envolvidos e tentando recuperar os valores desviados.