A aquisição de parte da Vale (BVMF:VALE3) pela Cosan (BVMF:CSAN3) é vista como um movimento positivo de diversificação por parte da holding, segundo a análise do UBS BB (BVMF:BBAS3), apesar do negócio trazer mais complexidade para a empresa.
Às 11h20, as ações da Cosan subiam 1,88%, a R$ 15,69. No mesmo horário, o Ibovespa recuava 077%, a R$ 115.049 pontos.
No final da semana passada, a Cosan anunciou que adquiriu 4,9% da participação na Vale, sendo 1,5% em ações ordinárias e 3,4% por meio de uma estrutura de derivativos. A empresa ainda tem uma posição a termo que pode ser convertida em uma participação adicional de 1,6%, caso o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprove a operação.
“A Cosan também vê a Vale como um ativo único em um setor em que o Brasil tem vantagens competitivas. Além disso, a aquisição da participação faz parte da estratégia de longo prazo da Cosan para descarbonização e transição energética, valorizando as reservas de qualidade de minério de ferro e outros minerais da Vale nesse processo”, destaca o UBS BB.
Por outro lado, o banco internacional aponta que apesar das ações da Vale estarem em baixa, é difícil prever como a Cosan pode agregar a empresa.
Além disso, a operação adiciona pressão financeira à holding, na visão do UBS, e a participação e a estrutura da aquisição acrescenta mais uma camada de complexidade à Cosan, que já estava entre as principais preocupações dos investidores sobre o ativo.
A recomendação do UBS BB sobre as ações da Cosan é de compra, com preço-alvo em R$ 26.
Análise da Vale
O UBS BB mantém uma indicação de venda das ações da Vale, com um preço-alvo de US$ 12. Às 11h20, as ações da Vale recuavam 1,22%, a R$ 73,09.
A visão de baixa é baseada na demanda por minério de ferro em queda, impulsionada pela menor atividade de construção chinesa, pelos fatores recessivos selecionados que continuam a pesar na venda global, e pelo deslocamento de matéria-prima com sucata.