Ela representaria um homem que está preso e que dizia estar sendo perseguido pelo promotor. Conversas entre os dois obtidas pela polícia indicam o plano para o ataque. Jair João Franz foi baleado quando chegava em casa de carro, em 17 de agosto.
A Polícia Civil confirmou, durante coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (24), que uma das pessoas que foram presas por suspeita de envolvimento em um ataque a tiros contra o promotor de Justiça Jair João Franz em Teutônia, a 108 km de Porto Alegre, é uma advogada. Ela seria mandante do crime e representaria um cliente que já estava preso e que planejou o ataque com ela.
A motivação para o crime seria uma desavença do cliente da advogada com Franz, pois ele estaria se sentindo perseguido pelo promotor. A própria advogada teria um atrito com Franz desde 2018 devido a uma ação do Ministério Público (MP) envolvendo ela.
Durante a manhã desta quinta, foram cumpridos três mandados de prisão, sendo duas prisões preventivas e uma temporária, além de 14 mandados de busca e apreensão, em Teutônia dentro desse caso.
A advogada foi presa preventivamente. O homem já preso também foi alvo de mandado de prisão preventiva, apesar já estar cumprindo pena privativa de liberdade por outro crime em uma penitenciária. Já o atirador foi preso temporariamente.
Relembre o caso
Jair João Franz chegava em casa de carro após uma partida de futebol quando sofreu uma emboscada .
“O promotor estava chegando em casa, de carro, quando foi surpreendido com um homem que estava escondido em uma mata perto da casa [do promotor]. Esse homem realizou vários disparos [de arma de fogo]. O promotor chegou a fugir, acelerando o carro. Mesmo assim, foi atingido”, relata o delegado Reis.
O promotor, dirigindo o carro, forçou a entrada na casa pelo portão do imóvel e pediu ajuda para a sua esposa. Ele foi atingido na região do abdômen e foi hospitalizado em Estrela.
O homem responsável pelo ataque conseguiu fugir.