O governador Eduardo Leite (PSDB) confirmou através de suas redes sociais, na tarde desta quinta-feira (2), que a barragem 14 de Julho, situada entre Cotiporã e Bento Gonçalves, na Serra do Rio Grande do Sul, sofreu um rompimento parcial. Segundo Leite, embora não seja prevista uma devastação imediata, o Rio Taquari terá seu curso alterado devido ao evento.
A Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) explicou em comunicado que o rompimento parcial ocorreu devido ao aumento contínuo da vazão do Rio das Antas e às intensas chuvas que assolam o estado. A Defesa Civil foi prontamente informada sobre a situação.
O governador já havia alertado em entrevista coletiva na quarta-feira sobre a possibilidade de colapso da estrutura da barragem, especialmente se as chuvas persistissem. Como medida de precaução, o governo do Rio Grande do Sul orientou os moradores dos municípios vizinhos, como São Valentim, Santa Bárbara, Santa Teresa e Muçum, a procurarem abrigo em áreas mais elevadas.
A região enfrenta uma série de desafios devido aos temporais, que já resultaram em 24 mortes, segundo registros da Defesa Civil e das autoridades locais. Mais de 147 cidades foram afetadas por inundações, deslizamentos de terra e quedas de barreiras, com áreas centrais, vales, serras e a região metropolitana de Porto Alegre sendo as mais atingidas.
A Ceran, em sua nota oficial, detalhou que o Plano de Ação de Emergência foi ativado em coordenação com as Defesas Civis locais, incluindo a evacuação da área com o acionamento de sirenes para garantir a segurança da população. As barragens de Monte Claro e Castro Alves também estão sendo monitoradas de perto.
A empresa enfatizou seu compromisso em manter contato com as autoridades competentes e pediu que a população se mantenha informada por meio de seus canais oficiais de comunicação.