Polícia Civil investiga morte de paciente que caiu de maca durante transferência hospitalar no RS

Eloá Lopes Soares, de 61 anos, estava internada em Antônio Prado e foi encaminhada para Caxias do Sul para tratamento cardiológico. Atestado de óbito apontou hemorragia cerebral e trauma cranioencefálico como causas da morte.

A Polícia Civil investiga a morte de uma paciente que caiu da maca durante transferência hospitalar. Eloá Lopes Soares, de 61 anos, deu entrada no Hospital São José, em Antônio Prado, na Serra do RS, no dia 21 de abril. Na quarta-feira (26), a mulher precisou ser transferida para um leito de UTI, em Caxias do Sul, devido a problemas no coração.

‘”Ao fazerem essa remoção, o que nossos funcionários de enfermagem e familiares presenciaram é que houve algum tipo de falha na maca da Resgate Sul, em que ela cedeu quando colocaram a paciente em cima. Essa paciente caiu e na descida bateu a cabeça na lateral da grade da cama, o que ocasionou um corte na região da orelha”, afirma o diretor administrativo do Hospital São José, Diógenes Krohn.

O advogado Regis Eduardo Krauze, que representa a Resgate Sul, declarou que a empresa “não irá se manifestar sobre o referido caso até todos os fatos serem devidamente e minunciosamente apurados”.

Eloá morreu no sábado (29). O atestado de óbito apontou hemorragia cerebral e trauma cranioencefálico como causas da morte.

A Prefeitura de Antônio Prado disse que, em função da necessidade de transferência, o município comprou um leito privado em Caxias do Sul. Como o caso necessitava de uma ambulância especializada, a Prefeitura acionou a empresa Resgate Sul, que possui um contrato com o município desde outubro de 2022. A polícia aguarda o resultado da necropsia para avançar na investigação do caso.

“O que se configura, de acordo com os depoimentos, pode ser considerado um homicídio culposo, por ação com imperícia do transporte da vítima ou coisa assim. A gente vai ouvir os familiares para juntar os depoimentos. Quem atendeu ela aqui, quem constatou a lesão, junto a prontuários médicos. O procedimento padrão quando ocorre morte no hospital”, explica o delegado Vitor Carnaúba.

 

By Fato ou Fake Canoas

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